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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Declaração de voto para a eleição do DCE da UFRj-2013 dos estudantes da Juventude em Luta.

Olá estudante! Você sabia que nos dias 11, 12 e 13 de junho vai tá rolando a eleição anual para o seu DCE. Muita gente panfletando, passando em salas pra fazer propaganda de chapa. Nós fazemos parte da Juventude em Luta, que é um grupo de estudantes da UFRJ atuantes no movimento estudantil, composto por militantes do Coletivo Lenin e também por militantes independentes. Achamos importante tentar esclarecer algumas coisas sobre esse evento importante.

As chapas

Existem 3 chapas concorrendo para a gestão do DCE. Vamos a elas:

- Chapa 1 – Mãos a obra: essa chapa é composta na sua maior parte por militantes da UJS (União da Juventude Socialista). É a maior corrente que está na UNE e compõem a sua direção majoritária há mais de 20 anos. Este grupo é a juventude do PCdoB, partido que está na base de coalizão do atual governo do PT. Seus militantes têm dependência direta, política e financeira do Governo, por isso representa nada além de um braço das políticas governistas de precarização e privatização da educação (REUNI, PROUNI, etc.) no movimento estudantil. A UJS vive de apoiar as políticas do governo acriticamente, entravando e estando quase sempre do lado inimigo nas lutas estudantis. Se posicionam a favor da restrição do direito da meia entrada; na última greve, negociaram com o governo pelas costas do comando nacional de greve estudantil e ainda tiveram a cara de pau de dizer que conseguiram garantir 10% do PIB para a educação. Esses fatos são os que caracterizam a atuação da UJS dentro do movimento estudantil.

- Chapa 2 – De que lado você samba?: composta por estudantes que constroem nacionalmente a ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre). Sua maior parte é de militantes do PSTU. Apresentam propostas claramente melhores que a chapa 1, pois não estão atrelados ao governo e são a única chapa que fala em favor das cotas; mas não passam da antiga e ingênua linha política de “exigir” da reitoria e do governo melhoras para a UFRJ. Além disso, colocam um sinal de igualdade entre UJS e UNE e defendem a ruptura com esta, ignorando todos os estudantes de base e de oposição ao governo que vão aos congressos desta entidade. Isso acaba provocando a divisão do movimento estudantil em momentos cruciais, chegando ao extremo de neste ano o congresso da ANEL e o congresso da UNE terem sido marcados para os mesmos dias, fazendo os estudantes que acham importante estar nos 2 espaços, como nós, terem de escolher entre um e outro.

- Chapa 3 – Prepara que agora é hora: é formada majoritariamente por militantes do coletivo “Nós não vamos pagar nada” (hegemonizado pela corrente Enlace do PSOL) e outros do movimento Correnteza/UJR (dirigido pelo PCR), além de integrantes da UJC (juventude do PCB). Esta chapa também é claramente melhor que a chapa 1; fala de assuntos que outras chapas não falam, como passe livre estudantil e se posicionam contra a terceirização; mas também não vai além da linha de ficar “pressionando” a reitoria e o governo para conseguir esmolas para as universidades públicas. E além disso, não podemos deixar de destacar a vergonhosa campanha para o atual reitor que o movimento Correnteza nas últimas eleições e a defesa desse mesmo movimento (apesar de não estar no material da chapa) do monopólio de carteirinhas da UNE (os estudantes só teriam acesso à meia entrada, comprando uma carteirinha da UNE).



Nem só de eleição para DCE vive o movimento estudantil.

 Para nós, da Juventude em Luta, as eleições para DCE são imprescindíveis, mas não é o mais importante no movimento estudantil. O que importa é estar presente no dia a dia do estudante tocando as principais lutas, organizando eventos culturais e festa, promovendo discussões e debates sobre questões da realidade, mas também ir além disso. É preciso chamar para si a tarefa de propor um novo modelo de sociedade, de debater assuntos que façam os estudantes questionar a forma como a universidade e a sociedade estão sendo geridos. É ser contra a super exploração que é a terceirização, mas falar em favor da contratação imediata dos trabalhadores terceirizados. É falar em defesa das cotas, mas gritar bem alto, que o racismo na universidade só vai ter chance de acabar com o fim do vestibular, etc..

Porém, nem a primeira parte, as últimas gestões do DCE conseguem fazer totalmente. Todas as chapas veem como objetivo a disputa de cargos no DCE. Para nós, a disputa pela gestão do DCE, no entanto não é o principal. O que mais importa é a construção do movimento estudantil nas bases e não somente nas semanas de eleição. Ficamos impressionados com o número de pessoas que estão panfletando e passando em salas agora, mas quando estava havendo luta contra o aumento da passagem desde o ano passado, não houve um terço da mobilização atual. Questionamos também por que sempre há conselhos de CA’s antes das eleições, mas nunca para discutir outros assuntos (calendário de lutas, condição atual do Alojamento e assistência estudantil no geral, discussão sobre meia entrada, etc.). Todas as chapas se contentam em aparecer 1 vez por ano na hora das eleições, fazer alianças sem conteúdo nenhum, só pra tentar ganhar mais cargos na gestão do DCE e depois praticamente somem.

Fazemos aqui um chamado para todos aqueles e aquelas interessados em construir um movimento estudantil que realmente exista diariamente nos espaços da universidade; para que venham conhecer e conversar com a Juventude em Luta.

O que fazer nessas eleições?

Nós da Juventude em Luta temos desacordo com diversos pontos de todas as atuais chapas, por isso não estamos em nenhuma delas; mas entendemos a importância desse processo, que envolve milhares de estudantes da nossa universidade.

Por isso achamos correto votar na chapa 2 ou na chapa 3, que mesmo com os seus limites, apresentam propostas favoráveis aos estudantes. E rechaçamos qualquer apoio à chapa 1 – Mãos à obra, composta por aqueles que só fizeram trair o movimento estudantil, se vendendo para o governo.
E apoiamos o modelo de gestão baseado na PROPORCIONALIDADE, onde cada chapa tem o número de representantes na gestão de acordo com o número de votos que recebeu; por entender que é um modelo mais democrático que a majoritariedade, onde “quem ganhou leva tudo”.

Além disso, defendemos:

- Assistência estudantil de verdade! Passe livre já. Bandejões, creches, alojamento e xerox gratuitos, mais e maiores bolsas de auxílio de acordo com a demanda estudantil.
- Nem ENEM, nem vestibular. Livre acesso, JÁ! Debates sobre acesso à universidade. Em defesa das cotas como medidas paliativas. Só o fim do vestibular vai democratizar a universidade.
- Chega de repasse de verba para os empresários e banqueiros. Estatização já de todas as universidade privadas, sob controle dos estudantes e trabalhadores. Contra a EBSERH!
- Chega de machismo, racismo e homofobia. Por comitês de prevenção e combate a agressões homofóbicas e estupros. Por atividades de propaganda em defesa da sexualidade como escolha livre e individual e contra o fundamentalismo religioso.
- Contra a terceirização! Contratação imediata dos trabalhadores terceirizados.
- Por um modelo de gestão das universidades verdadeiramente democrático. Por conselhos de estudantes e trabalhadores (terceirizados inclusive) eleitos em assembleias, com cargos removíveis a qualquer momento sem regalias e salários maiores.
- Fora PM do Campus! Por um corpo de segurança sob controle e que responda diretamente à comunidade acadêmica.
Entre em contato: Juventude em Luta no Facebook
- 10% do PIB para a educação sim! Mas que os trabalhadores e estudantes decidam onde usar as verbas.

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