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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Cinco mil pessoas no ato contra Cabral e Paes: vitória da frente antifascista!


No Rio de Janeiro, depois da plenária de terça, os partidos e movimentos sociais garantiram o ato mais à esquerda do dia no país. O conteúdo das reivindicações foi claramente progressivo, atacando a prioridade dada pelos governos (federal, estadual e municipal) à Copa, ao mesmo tempo em que sucateam a saúde e a educação. Foi defendida a estatização do sistema de transportes, assim como a tarifa zero e contra os subsídios para a FETRANSPOR.

Quase não havia bandeiras verdeamarelas e o hino nacional dos senhores de escravos não foi cantado em nenhum momento. Quase não existiam setores organizados de extrema-direita, o que mostra que eles são insignificantes, e só conseguem ter alguma influência se apoiando na campanha reacionária da mídia. Não por acaso, a Globo foi hostilizada com a palavra de ordem "a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura".

Mesmo assim, a maioria das grandes organizações teve uma política recuada, e a ida até a ALERJ e o conteúdo claramente socialista do ato foi dado pela base e pelos pequenos grupos, como o MEPR, os anarquistas e nós. O PSOL e o PCR ficaram com #medinho e não levaram as próprias bandeiras, mesmo num ato assim. O PSTU nem mesmo foi até a ALERJ, tendo ficado na Cinelândia, mesmo com toda a massa do ato indo.

Não havia correlação de forças pra partir pro enfrentamento, ainda mais porque a polícia cercou o ato por todos os lados, com centenas de policiais. Até mesmo houve a presença hipócrita de mulheres policiais distribuindo panfletos pela "paz" e contra o "vandalismo", o que mostra não só o machismo da polícia (reforçando o estereótipo da mulher "delicada") como também o fato de que as passeatas ganharam o amplo apoio da população, o que obriga a própria PM a recuar e tentar usar de outros meios além da violência.

Temos que massificar as manifestações de esquerda, mantendo a frente antifascista, que é o instrumento dos trabalhadores para disputar politicamente a conjuntura nacional com os atos da direita. Participe da Plenária contra o Aumento e da Juventude em Luta!

13 comentários:

  1. Foi muito bom, tinha uma bandeira do PCR mas vi poucos militantes do mesmo!

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  2. O que a gente viu foi bandeira da UJR (tendência estudantil do PCR).

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  3. Faltou mais decisão nas bandeiras. A confusão em torno da proposta para o movimento é clara. O maior exemplo é a tarifa zero. Enquanto vejo grupos indo contra o tarifa zero por ser "reformista", como se estatização também não fosse, vi ontem no carro de som o pessoal gritar "Se a tarifa não zerar a cidade vai parar!" e "Estatizar, pro preço da tarifa baixar", que é quase lutar por um preço "justo" da passagem.
    Claro, sem falar no rodo clássico do carro de som, que não deixam independentes falar. E ainda com palavras de ordem/agitação totalmente ocas e sem denunciar o cerne do problema

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  4. Tinha te perguntado pelo perfil, mas já encontrei a resposta.

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  6. Com a desculpa de só poder falar entidades e movimentos, impediram de falar muitos manifestantes independentes. Ao mesmo tempo, vi eles deixando falar um rapaz com a bandeira do Brasil, discurso inflamado nacionalista e pedindo contra a PEC 37, fora Dilma, etc. Pelo que entendi, o PSTU e PSOL tem mais problemas em deixar um setor de esquerda que caminha independente do que o nacionalismo extremado, que talvez seja agora reconhecido formalmente como movimento.

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  7. Zé,

    sobre a burocratização do carro de som, a gente concorda com você, realmente faltou essa crítica na postagem.

    Mas sobre a questão da tarifa zero, a gente conversou sobre isso contigo no ato, parece que você teve uma discussão com um militante da LER sobre o assunto. Nós temos acordo contigo e queremos fazer uma proposta. O que você achar de editar a discussão ou usar ela como base pra fazer uma postagem específica sobre o assunto aqui no blog? Se você tiver disponibilidade de tempo, seria muito interessante, porque muitas críticas sobre a tarifa zero ou são sectárias ou não entendem direito do que se trata.

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  9. Então, segue aí um doc. com o cara que "criou" o tarifa zero, não sei vai vai ajudar muito mais taí:


    https://www.youtube.com/watch?v=lnHt0J-OI7U


    Tem também o documentário Impasse:

    https://www.youtube.com/watch?v=_IIoD1YPG6U



    Cartilha, nunca é lá um material interessante, mais segue uma sobre o tarifa zero:

    http://issuu.com/tarifazerosp/

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  10. Pode ser, CL. Mas acho que tem que ser algo bem editado. Como uma "perguntas, respostas, críticas e difamações sobre o tarifa zero". Pra ficar não algo muito pessoal, como a minha discussão com o militante da LER. De repente cabe rebater algumas confusões difundidas, intencionalmente ou não, sobre o tema mesmo. O brigado aí pra rosa, com os videos e materiais. Vai ajudar muito. De fato, a confusão em torno do tarifa zero, é que enquanto uns dizem que ela é reformista, outros dizem que ela é impossível. O que acontece é que ela é uma pauta progressista como qualquer outra, que agride o capital sem o destruir por completo. Mas a esquerda em geral tem que ter uma decisão rápida sobre defender essa pauta, pq ela é um projeto paupável que é prontamente atacado pelo capitalismo. Essa hipocrisia é tão grande que o militante da LER se calou quando eu perguntei "se você defende estatização e é contra o tarifa zero por ser reformista, por que defendeu a redução das passagens, já que é algo mais liberal do que o tarifa zero?". Em outra lógica, já uma militante da causa indígena tava atacando o tarifa zero por ser algo "impossível", aí eu perguntei sobre a pauta de reforma agrária e demarcação de terras indígenas, que também são impossíveis no sistema atual. Prontamente ela disse que é diferente, mas quando eu perguntei por quê ela disse que não sabe. Eu disse que sei, que é pq a luta no campo tá longe e é fácil defender uma pauta distante numa posição segura. Agora, lutar contra as empresas e o latifundio urbano é aqui e agora, é o estado de exceção que fica só na favela descer para universo real, que é quando o bicho pega. Na minha opinião, tanto a posição sectária quanto a conservadora nega um enfrentamento real, que usam de todos os argumentos necessários contra uma luta concreta, como o tarifa zero.

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  11. Um site para esclarecer alguns pontos e o do tarifa zero:

    http://tarifazero.org/

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