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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Precisamos de uma greve de verdade! (coletivo Bancários de Base)


Reproduzimos aqui o panfleto do coletivo Bancários de Base, em que o Coletivo Lênin está se integrando.

Nós temos uma divergência, sobre a questão da PLR, que vamos explicar nos comentários. Já estamos debatendo o assunto  no Bancários de Base.


CAMPANHA SALARIAL 2012
PRECISAMOS DE UMA GREVE DE VERDADE!
          
CHEGA DE GREVE DE “FAIXADA”! Não basta colocar uma faixa na frente das agências dizendo “Estamos em greve”, para barrar o público em geral, e deixar os fura greves dentro da agência atendendo os clientes endinheirados e cumprindo metas. Depois, marca-se assembleia às 20:00 para esses mesmos fura greves aceitarem um acordo rebaixado. Esse tipo de “greve” não nos serve! Estamos cansados desse roteiro! 

UMA GREVE DE VERDADE PRECISA CAUSAR PREJUÍZO AOS BANCOS! Somente assim eles podem ser forçados a conceder nossas reivindicações. Os bancos hoje conseguem funcionar e fazer negócios com os fura greves atendendo nas agências “fechadas”, com os caixas eletrônicos, internet, celulares, trabalhadores terceirizados, correspondentes bancários, etc. Para afetar o lucro dos bancos, seria preciso uma greve gigantesca, com a participação e a criatividade dos bancários, com ações massivas, capazes de paralisar de fato o funcionamento das agências e departamentos. 

 UMA GREVE DE VERDADE SÓ É POSSÍVEL COM DEMOCRACIA! Ao longo do ano não são feitas atividades preparatórias em que os bancários possam participar, trazer ideias, se organizar. Esse erro precisa ser corrigido na campanha salarial. As assembleias devem ser um espaço real de organização da campanha e de debate de propostas! Por isso defendemos:
          
ASSEMBLEIAS UNIFICADAS ATÉ O FINAL DA GREVE E NO HORÁRIO DAS 14:00hs! As assembleias devem ser feitas para facilitar a vida dos grevistas! Com assembleias às 14:00 hs quem está em greve pode se reunir longe do local de trabalho e levar os colegas para a assembleia. Com isso, mais bancários participam, ficam longe do assédio dos gerentes, e ainda evitam o trânsito da metrópole na volta para casa.
            
 DIREITO À FALA PARA OS BANCÁRIOS! Os trabalhadores devem ser os protagonistas da greve e não apenas espectadores, que comparecem para ouvir a diretoria falar durante horas e apenas levantam o crachá para votar. As falas devem ser abertas apenas para quem for fazer propostas, as propostas dos trabalhadores tem que ser postas em votação, e as que forem aprovadas têm que ser executadas!
             
REPRESENTANTES NA MESA DE NEGOCIAÇÃO ELEITOS EM ASSEMBLEIA E COM MANDATO REVOGÁVEL! Os trabalhadores que estão no dia a dia das agências e departamentos devem estar na mesa de negociação! Se os diretores do sindicato querem negociar em nosso nome, devem se submeter diariamente às assembleias! Na composição do comando de negociação, o número de representantes seria proporcional ao tamanho da base, e São Paulo, que é a maior base do país, tem que ter um representante eleito em assembleia entre os trabalhadores!
             
QUE NÃO SE ASSINE NENHUM ACORDO COM DESCONTO OU COMPENSAÇÃO DE HORAS! Quem luta por todos não pode ser punido por fazer greve, que é um direito!

            COLOCAR EM PAUTA AS REAIS REIVINDICAÇÕES! 

Para que os trabalhadores tenham motivação de participar da greve é preciso que as questões que afetam seu dia a dia sejam discutidas. As questões específicas de cada banco têm que ser resolvidas na greve e não levadas para mesas de “enrolação permanente”. Assim, independentemente de qual seja o índice de reajuste, a greve deve continuar pelas questões específicas:
         
 *Não à demissão imotivada e estabilidade no emprego para todos!     
 *Por um plano de reposição das perdas (90% no BB e 100% na CEF)!        
 *Isonomia entre funcionários novos e antigos, e também dos bancos incorporados, acatando-se o que for mais vantajoso para o trabalhador!         
*Plano de cargos e salários! PLR linear!
             
CONTRA A REMUNERAÇÃO VARIÁVEL E A LÓGICA DA SUPEREXPLORAÇÃO! Os salários estão tão arrochados que o trabalhador acaba precisando da PLR para pagar as contas. As campanhas salariais se encerram quando os bancos oferecem uma melhorazinha na PLR, que o trabalhador aceita para sair do sufoco. É por isso que as PLRs tem que ser discutidas em acordo separado, fora da campanha salarial! Além disso, com a vinculação da campanha à PLR, o trabalhador passa a achar que precisa se esforçar mais, para dar mais lucro ao banco, para somente assim receber a PLR. O trabalhador acaba aceitando a lógica da empresa e as cobranças absurdas que vêm dos gestores e seus superiores! É preciso romper com essa lógica! A campanha salarial deve ser feita por salário, e nosso salário não pode depender da variação do lucro dos bancos. Salário é para a vida inteira e tem que ser revalorizado!
            
 LUTAR POR UM OUTRO PROJETO PARA OS BANCOS! O assédio moral e a superexploração que estamos vivenciando todos os dias não são resultado da maldade deste ou daquele gerente, não podem ser resolvidos por meio de mesas de “enrolação permanente” nem de “comissões de ética”. O assédio é resultado de uma política geral dos bancos, que exigem metas absurdas dos funcionários, tanto em bancos privados como nos públicos. Precisamos discutir um projeto de banco público dos trabalhadores, que não esteja voltado para a extorsão dos clientes via tarifas, “produtos” e juros, e que não pratique a superexploração dos funcionários. Os bancos ganharam muito dinheiro sempre, e agora que isso pode diminuir num período de crise, os governos querem que os trabalhadores paguem o prejuízo. Precisamos recolocar em pauta como uma luta de toda sociedade a estatização do sistema financeiro sob controle dos trabalhadores!
            
CONTINUEMOS ORGANIZADOS! Para termos uma greve de verdade seria preciso preparação e organização ao longo do ano, que a diretoria do sindicato não realizou. Nós do Bancários de Base propomos que os trabalhadores se reúnam, busquem formas de se organizar, elejam representantes combativos, delegados sindicais, cipeiros, etc., que ao longo do ano mantenham a organização e a resistência. Somente assim poderemos chegar com força nas campanhas salariais. Os problemas enfrentados por cada trabalhador não são exclusivos deste ou daquele indivíduo, são na verdade problemas coletivos, e portanto só podem ser resolvidos com soluções coletivas. Converse com seus colegas, organize-se, traga novas ideias!
             
QUEM SOMOS: O coletivo Bancários de Base é formado por trabalhadores que estão no dia a dia das agências e departamentos, enfrentando a cobrança dos gerentes, o excesso de clientes e a sobrecarga de serviço. Nos reunimos periodicamente para discutir maneiras de mudar essa realidade. O sindicato e outras entidades não têm servido mais como espaço para nossa organização, por isso somos oposição à diretoria e discutimos entre nós tudo que nos diz respeito. Elaboramos nossos panfletos com nossos próprios recursos e divulgamos nossas idéias em nossa página na internet (www.bancariosdebases.blogspot.com.br.).
             
Entre em contato! (bancariosdebase@yahoo.com.br)

Um comentário:


  1. Sobre a questão do PLR (partipação nos lucros e resutados) reproduzimos a mensagem de um simpatizante do CL para a lista de email do Bancários de Base:

    A PLR é um dos principais mecanismos para prender o trabalhador na lógica do banco. Quando você defende PLR linear, por trás dessa
    palavra de ordem aparentemente radical, está a aceitação da lógica "quanto mais lucro, melhor pro trabalhador". Nós, nas poucas vezes em
    que falamos desse assunto, usamos a política de exigir que os sindicatos façam uma campanha para que a PLR se transforme num aumento de salário permanente (e seja, assim, extinta). Mais importante que qualquer palavra de ordem específica, tem que ser o discurso contra esse atrelamento do salário aos resultados econômicos das empresas.

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