QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Novos comentários políticos sobre a catástrofe do Pinheirinho

    Depois de duas semanas desde a desocupação, queremos somente falar de mais algumas questões que ainda estávamos discutindo quando a nossa primeira declaração ficou pronta:
   
    - O método de desocupação do Pinheirinho é claramente fascista, mas não significa que estamos caminhando para o fascismo no Brasil. O fascismo não é qualquer tipo de movimento reacionário, é a mobilização de um movimento de massas de classe média para esmagar o movimento dos trabalhadores antes que ele possa desafiar a burguesia. Ou seja, é uma contrarrevolução preventiva.

    Devido à própria ausência de um movimento de massas independente lutando contra a política da burguesia no Brasil (já que o PT é o instrumento principal para realizar o programa da burguesia brasileira), a classe dominante não precisa recorrer ao fascismo na situação atual. 
  
     O verdadeiro significado do Pinheirinho é o de um ponto de inflexão na escalada da repressão contra o movimento, por causa da Copa e das Olimpíadas. O Pinheirinho é a confirmação da previsão que algumas correntes (incluindo nós) estão fazendo, de que a preparação dos megaeventos vai ter como resultado uma repressão sem precedentes ao movimento e que haverá derrotas atrás de derrotas.

  
     - O legalismo do PSTU e PSOL, além de ter criado ilusões sobre a democracia e a justiça dos ricos na base dos moradores antes do despejo, mantém as ilusões depois.  O chamado à Dilma e o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), para que eles permitam os moradores voltarem ao Pinheirinho (que, a essa altura, já está quase totalmente demolido),  é puro legalismo.

    Isso é totalmente diferente da tática leninista de exigência e denúncia. Uma coisa é exigir de um governo que chegou ao poder recentemente através de uma revolução (como o de Kerensky) que ele tome medidas a favor dos trabalhadores em movimento. Ou exigir da direção oportunista de uma luta que ele tome uma medida que ela não quer tomar.

    Nessas situações, as exigências e denúncias fazem os trabalhadores perceberem que essas direções não agem porque NÃO QUEREM, acabando com as ilusões e dando mais clareza ao movimento. Mesmo que os oportunistas acabem realizando a exigência, eles poderão sofrer outras e, ao mesmo tempo em que o movimento ganha novas conquistas, eles são mais pressionados ainda por uma base cada vez mais forte, até a hora em que vão trair.

    Outra, muito diferente, é exigir do governo (ou pior, de uma instituição judicial) que foi conivente com a remoção, num momento em que os trabalhadores não têm como ir para as ruas numa escala que possa influenciar a realidade. Na luta defensiva de hoje, esse chamado vai cair nos ouvidos dos trabalhadores como "a única solução possível", ou seja, vai desmobilizá-los e fazer com que eles esperem uma coisa que não vai acontecer, de uma pessoa ou de um órgão do governo que não só lavou as mãos como não sofreu nenhuma pressão de massas para mudar a sua política.

2 comentários:

  1. A decisão do Judiciário não está em discussão; o que se critica veementemente é a incompetência do Poder Público em dar solução social ao caso mesmo com reiteradas reuniões, projetos, ideias, etc etc etc... Simplesmente não foram tomadas medidas concretas ao longos desses oito anos em que a comunidade se estabeleceu com residências, comércio, igrejas e tudo o mais. Não haverá uma revolução por causa disso, tampouco se legitimariam ações que, no mundo de hoje, já não teriam sequer como ser engendradas... Mas é imperioso bater, sim, na tecla e continuar falando desse e de outros eventos para que, quem sabe de alguma forma, as pessoas efetivamente comecem a LEMBRAR antes de votar...
    Mal ou bem, temos um regime de eleições... Falta-nos maturidade política e organização para exigir --- siglas e ONGs não deixam de ser um passo, mas é preciso mais, muito mais: é preciso educação política às massas. Por que estão já combatendo a liberdade da internet? Dos downloads? A informação flui livre e isso já está assustando muita gente do Poder.

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  2. Olá, gente;
    Gostaria de solicitar que os cidadãos interessados na aprovação da PEC 35 de 2008 enviassem uma mensagem aos Senadores do Rio de Janeiro ou ainda de outros estados para que votem pela reabertura da mesma. Tal reabertura e consequente possível aprovação fica facilitada com a petição do maior número de cidadãos possível. A PEC (Projeto de Emenda à Constituição) 35 de 2008, é um projeto do ex-senador Romeu Tuma, que defende a concessão do serviço militar voluntário às mulheres e não imposta aos eclesiásticos.
    Se você deseja colaborar para a reabertura de tal projeto, ligue para o Alô Senado: 0800 612211, disponível até às 20:00h, e faça seu cadastro com um atendente. O procedimento é realmente rápido e basta que você ceda seus dados e um motivo que o faz solicitar tal proposta (Sugestão: "Que se conceda o direito às jovens brasileiras, interessadas em tal ofício, o serviço à Pátria pelos meios do militarismo. Assim, estas poderiam ser muito úteis ao país, ao mesmo tempo que teriam novas perspectivas de vida, se sentiriam mais inseridas nas Forças Armadas e não mais tão restringidas para fazer de suas vidas o que muitas almejam desde a infância. Além disso a emenda fecha lacunas da Constituição, que demanda o serviço obrigatório feminino em tempos de guerra_ o que não seria possível sem um preparo antecedente para tal exigência.").
    Agradecida, desde já.
    Outros possíveis meios de enviar pedidos e sugestões:http://www.senado.gov.br/senado/alosenado/fale_com_senado.asp
    *Obs.: O envio de tal mensagem aos senadores é permitido a menores de idade.

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