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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Haiti: protestos nas ruas contra a missão da ONU

Fora as tropas brasileiras do Haiti!




Fonte: blog do Ricardo Noblat

Repare que a infraestrutura do país não foi reconstruída depois do terremoto.

O Lavalas (partido reformista de Jean-Bertrand Aristide) é a maior corrente da resistência haitiana.

Site do Lavalas:

www.hayti.net


O Globo

Policiais haitianos usaram gás lacrimogêneo [ontem] para dispersar manifestantes que exigiam a retirada das tropas da ONU do país, depois de soldados uruguaios serem acusados de violentarem sexualmente um jovem haitiano. Aos gritos de "fora Minustah" e "estupradores", os manifestantes fizeram uma passeata pelas ruas da devastada capital. Alguns levavam cartazes chamando a força de paz da ONU de "força de ocupação".

A polícia interveio para impedir que o grupo chegasse à praça do Champs de Mars, onde o governo proibiu manifestações.

O incidente ocorreu quando cerca de 300 pessoas tentavam chegar a uma praça em frente às ruínas do palácio presidencial de Porto Príncipe, onde ainda há sobreviventes do terremoto de 2010 acampados sob barracas e lonas.

Transeuntes e moradores do local, muitos deles segurando crianças pequenas, fugiram do gás lacrimogêneo, e alguns manifestantes atiraram pedras nos policiais.

A Minustah - missão da ONU no Haiti que é comandada por tropas brasileiras - é alvo de protestos desde que veio à tona, no começo do mês, um vídeo gravado por celular em que fuzileiros navais uruguaios são vistos rindo ao afundarem o rosto de um rapaz num colchão e aparentemente cometem abusos sexuais.

Quatro militares uruguaios foram detidos pelo incidente, ocorrido em 28 de julho, e serão submetidos a uma corte marcial. A suposta vítima, Johnny Jean, disse em depoimento a um juiz haitiano que foi violentado.
A Minustah abriu inquérito sobre o incidente de julho, prometendo determinar se a violência sexual realmente aconteceu. O Uruguai já pediu desculpas formais ao Haiti e qualificou de "aberração" a conduta dos acusados.


A missão da ONU já havia ficado malvista no Haiti por causa da suspeita de que soldados nepaleses introduziram uma epidemia de cólera no país, o que motivou distúrbios contra as forças estrangeiras no ano passado.

- Justiça para Johnny, justiça para todas as vítimas de estupro pela Minustah, justiça e indenização para todos os haitianos que são vítimas da epidemia de cólera trazida pela Minustah - pediu o manifestante Simon Mourin, de 30 anos, falando à Reuters. - Eles precisam ir embora, ou entraremos em guerra com eles.
A Minustah foi criada em 2004, sob comando do Brasil, para ajudar a estabilizar o país, assolado por repetidas crises políticas. Seu contingente teve um papel importante nas tarefas humanitárias depois do terremoto do ano passado, que matou até 300 mil pessoas.

O chefe civil chileno da missão disse que irá pedir ao Conselho de Segurança da ONU que autorize uma redução gradual do contingente estrangeiro no país.

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