QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Bancários: Como a direção da CONTRAF quer impedir a greve


Desde o dia 20/09, as correntes do PT e o PC do B, que dirigem a Confederação e a maioria dos sindicatos estão fazendo uma série de manobras. Para quem observar direito o que está acontecendo, fica muito claro que o objetivo deles é impedir a greve.




Isso não é novidade, desde 2004 (quando eles foram contra a greve e tentaram fechar o acordo pelas nossas costas), toda a estratégia da direção dos sindicatos tem sido uma só: rebaixar cada vez mais o índice, pra ele ficar somente um ou dois pontos acima da reposição da inflação.



Depois de sete anos, os banqueiros resolveram levar essa situação à sua conclusão lógica: eles ofereceram logo de cara 7,8% (0,37% acima da inflação).



Isso derrubou os planos da CONTRAF, que queria faze uma greve fraca pra fechar com 8 ou 9%. Pra quem exige um índice tão baixo como 12,8% (como foi aprovado pela CONTRAF), já pra fechar com 8 ou 9 (que foi o que aconteceu ano passado), não teria mais sentido fazer greve por mais 1 por cento.



Por isso, eles remarcaram tudo: as assembleias de quinta-feira (22/09) vão passar a ter como objetivo deliberar sobre uma greve no dia 27/09, terça-feira!



Isso, por si só, seria apenas atrasar a greve mais ainda. Mas não é tudo: na sexta-feixa, dia 23/09, tem mais uma negociação com a FENABAN. Não é difícil perceber que o objetivo é arrancar mais um por cento nessa negociação, e chegar nas assembleias de segunda-feira (26/09) dizendo que já foi conquistado o "aumento real" acima da inflação. E que, portanto, não seria mais preciso fazer greve.



Todas as manobras e remarcações de datas da CONTRAF têm esse único objetivo: aceitar o reajuste proposto pela FENABAN, quase nada acima da reposição da inflação, e impedir a greve, pra não prejudicar a relação do governo do PT e do PC do B com os grandes empresários e banqueiros.



Nós não podemos deixar o jogo acabar assim! Já vimos várias traições dos pelegos do PT e do PC do B. A única saída é a gente lotar as assembleias de quinta e de segunda, para impor a greve contra a vontade deles! Só assim, poderemos ultrapassar esse índice muquirana e avançar nas nossas reivindicações específicas.



Toda essa situação mostra, mais uma vez, a necessidade de criar oposições classistas na base de todas as centrais sindicais, para lutar sem tréguas contra os patrões e governos, unindo efetivos e terceirizados. Em vez de se vender para o governo, uma oposição classista deve combinar a luta sindical com a luta outra sociedade que não seja mais baseada no lucro, o socialismo.




Um comentário:

  1. A crise mundial leva a maioria dos dirigentes proletários brasileiros a tentar amortecer o máximo possível o que os patrões querem impor. Os dirigentes da década de 80 e seus descendentes protejem o maior ganho de suas vidas (o PT e a CUT) e, em última instância, sabem que não estão preparados para controlar uma greve de verdade - daí seu medo absurdo das categorias que ainda dirigem.
    É necessário que sejam criadas oposições fortes aos dirigentes tradicionais, que sejam fruto dos reais anseios da base. Nós, revolucionários, defendemos nosso programa anticapitalista; os organismos de classe (organizações de massa) defendem suas próprias vidas e passarão a assumir o programa dos revolucionários quando confiarem nestes. Por isso, antes de tentar tomar a CUT toda cabe tomar os sindicatos isoladamente. Nunca deixar de denunciar os pelegos, mas lutar cada batalha de uma vez - até que a classe entenda que não resolverá seus problemas cada um na sua campanha, isoladamente.
    Para haver revolução vitoriosa precisamos de organização real nos locais de trabalho. Sem isso seremos derrotados invariavelmente.
    Parabéns pelas modificações no blog - ficou melhor de procurar as publicações.
    Boa sorte aí com os pelegos que atrapalham vocês.

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