QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A "mega-operação" que a Rede Globo não mostra!

Por T.B.

A seguir divulgamos o depoimento de um morador de Vila Cruzeiro, negro como a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Ronai Braga teve sua casa invadida pela "heróica" polícia "pacificadora", que além de revirar a sua casa, roubou 31mil que ele conseguiu juntar com as migalhas que seus chefes e o Estado lhe deram por sua força de trabalho.



Não existe "bom policial" assim como não existe "bom traficante". Os dois são mercenários, existem e são pagos para garantir os interesses da mesma classe que explora e oprime o Seu Ronai e milhões de trabalhadores e trabalhadoras majoritariamente negros e mulheres. A diferença é que um setor dessa classe dominante que manda no Brasil e no mundo inteiro está "legalizada" e outra parte "não legalizada". Os dois setores dessa elite tem representação no poder legislativo de vários níveis (Deputado Federal, Estadual, Municipal. etc.) e nos governos, porque ambos finaciam candidatos antes e depois das eleições para garantirem seus interesses. Os "empresários" do comércio negro internacional de armas, drogas e seres humanos têm dinheiro, imóveis em Ipanema, Barra e até em Miami, assim como os donos da Shell, Itaíu e Rede Globo!

O problema é que na hora de "pacificar" para as Olimpíadas e para a Copa do Mundo pra mostrar para o mundo que o Rio é bonitinho, eles chegam num acordo para "pacificar" com troca de tiros e muito aço nas comunidades onde tem trabalhadores como o Seu Ronai , e que é maioria da população brasileira são os que de fato contruiram esse país e o mundo. A polícia e os traficanes nunca vão trocar tiro de metralhadora .50 e fuzil em Ipanema, Barra, Miami. Sabe porque?

Porque nesses "civilizados" bairros vivem os donos da Shell, Itaú, Rede Globo, os "Senhores das armas", os "Pablos Escobares", além de nossos parlamentares governadores, prefeitos, juizes e generais!

E quem manda na polícia, no exército e nos traficantes?
Shell, Itaú, Rede Globo, os "Senhores das armas", os "Pablos Escobares", além de nossos parlamentares, governadores, prefeitos, juizes e generais!

Será muita coincidência eles seram vizinhos e pertencerem a mesma classe social?
Se não for coincidência, então é bem provavel que eles tenham os mesmos interesses, se aproveitando de racismo, xenofobia, machismo e homofobia para explorarem trabalhadores do mundo inteiro até a ultima gota de suas forças de trabalho.

Por isso, se houver um confronto entre polícia e traficantes nas comunidades e bairros onde vivem os trabalhadores do Rio de Janeiro, será então uma "guerra contra o crime" justa, mesmo que trabalhadores tenham suas casas invadidas e sejam alvejados por tiros de fuzil e .50! O fato da elite chamar isto de "guerra" justifica os trabalhadores morrerem e serem esculachados como "vítimas da guerra".
Mas não haverá "vítimas da guerra" em Ipanema, Barra e Miami.

Para essa classe dominante no Brasil e no mundo, seja ela legal ou ilegal sob o ponto de vista das leis que eles mesmos criam para a manutenção de seus interesses, o único valor que os moradores dessas comunidades tem é na hora de trabalhar e produzir para os senhores da Shell, Itaú, Rede Globo, os "Senhores das armas", os "Pablos Escobares", além de nossos parlamentares, governadores, prefeitos, juizes e generais. Tudo isso para que todos esses parasitas possam enriquecer a custa do trabalho de bilhões de homens, mulheres e crianças não só no Rio, mas no mundo inteiro.

Abaixo a política de "pacificação" e o estado de sítio implantado contra a população pobre!
Que os trabalhadores limpem suas próprias casas, pela cosntrução de comitês de auto-defesa contra o tráfico, as milícias e a polícia racista e assassina!
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sábado, 20 de novembro de 2010

Os resultados da omissão petista ns eleições

Por L. Torres

Como ficou claro, os setores da direira reacionária, representados pelo PSDB de José Serra e Aécio Neves e sustentado por forças como o DEM, a Opus Dei e a TFP, aproveitaram a fragilidade enfrentada pela Frente Popular do PT com o advento do segundo para arrancar diversas conceções da canditatura de Dilma, tarefa na qual foram exitosos.

A legalização do aborto e o casamento civil entre homosessuais foram propostas duramente atacas e na qual Dilma se viu força à ceder àquilo que os filhotes da ditadura queriam. A incapacidade do PT e seus apoiadores (como o PCdoB), em enfrentar o reacionarismo para evitar ser tachado de "radical" e manter, assim, sua aliança com diversos $etores do grande capital já vem dando seus frutos.

Ao longo do último final de semana uma onda de ataques homofóbicos tomou as notícias em diversos estados: jovens covardemente atacados em plena Av. Paulista e um homosexual baleado por um militar após a Parada Gay no Rio de Janeiro são alguns dos exemplos trágicos.

Isso é resultado direto do fortalecimento das ideologias defendidas pela campanha de Serra e de seus aliados locais, fortalecimento esse que recai diretamente nas costas do PT, que enquanto direção hegemônica da classe trabalhadora, deveria ter travado um sério combate. Infelizmente, o PT de hoje não é mais como aquele do final dos anos 1980, radicalizado e que confrontava seus inimigos de classe, o "partido sem patrões". Porém, não pdoemso deixar de dizer que o PT de hoje é resultado direto do "PT das origens", que nunca foi revolucionário nem defendeu um projeto realmente socialista. Essa cosntação é extremamente necessário pois ainda há muitos que defendem o "PT das origens" (vide os fundadores do PSOL), como se aquele fosse um partido capaz de alterar radicalmente a situação dos trabalhadores brasileiros.

Para além da onda absurdamente reacionária de homofobia, que demonstra a segurança dos opressores de se levantarem e baterem no peito após terem visto suas ideologias espúrias levarem a melhor na disputa eleitoral (mesmo que isso não tenha se expressado nas urnas), a "nova" agora é o ataque às religiões afro-brasileiras. Já denunciamos anteriormente o papel que cumpriu Marina Silva e o PV de fortalecer eleitoralmente o fundamentalismo evangélico, agora fica aí mais um resultado de tal papel nefasto cumrpido pela "tucana verde".

Lembramos que, apesar de nós marxistas contrapormos o conhecimento científico a todo e qualquer tipo de ideologia obscurantista, defendemos a liberdade de culto enquanto um direito democrático da classe trabalhadora, o que o projeto de lei a seguir claramente tenta atacar, sob uma hipócrita justificativa de "defesa dos animais":

Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba [SP]

via Geledes.org.br (editado)

Câmara Municipal de Piraciba/SP, por unanimidade, com o apoio dos vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR, PMDB, PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio Trevisan (PR).

Comentários em Piracicaba, informam que o referido PL é parte de um MOVIMENTO chamado "ALIANÇA PARA A SUPREMACIA CRISTÃ", que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito, encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são mantidos no anonimato.

O referido [PL] agurda sanção ou veto do Sr. Prefeito Municipal Barjas Negri, (...) [e,] entre outras coisas, atenta contra a liberdade religiosa e fomenta o racismo. (...)

[Segue o PL:]

Íntegra do PL. 202/2010: PROJETO DE LEI Nº 202/10 - Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.

Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.

Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada reincidência.

Parágrafo único. A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada, anualmente, com base no índice do INPC – IBGE , adotada pelo Poder Executivo através de Lei.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificativa

Primeiramente cabe ressaltar que independente de credo religioso e o respeito aos costumes de crença, ou seja, barbáries como sacrifício de animais em rituais religiosos são inconcebíveis, e contraria a nossa Lei maior a qual é a garantia de vida e bons tratos para com os animais.

Precisamos sim, que as pessoas de bem, que gostam de animais, defenda–os, em principal em leis municipais, estaduais e federal através de seus legisladores.

Por outro lado, compete aos municípios de acordo com a Constituição Federal – Art. 30 – I – legislar sobre assuntos de interesse local.

Também cabe ressaltar que, o município pode legislar em assuntos de seu próprio interesse local de acordo com C.F Art. 30 – I e respaldado na lei orgânica do município de Piracicaba – Artigo 25 XXII .

Isto posto, felizmente a consciência de que a proteção aos animais também é uma obrigação do município.

Inobstante em Piracicaba através da Lei n.º 6647/09 já proíbe a instalação de circos que contenha animais, sendo um grande avanço em defesa dos animais.

Somos sabedores que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável, e deve ser observada com atenção por parte não só desta Casa Legislativa, mas também por todos os municípios .

Assim pelo alcance do Art. 225 d 1º, VII da C.F para a proteção dos animais, o interesse humano social, apresento este Projeto de Lei .

No ensejo, que o mesmo seja aprovado por unanimidade pelos pares, e que caminhemos em direção do bem, da proteção dos animais e os clamores da população e das ONGs de proteção com os animais.

Sala de Reuniões, 21 de junho de 2010.
(a) Laércio Trevisan Júnior

(... )

Att.
Maurílio Ferreira da Silva
Movimento Negro Unificado - Campinas/SP/ Presidente do Secretariado de Negros do PSDB Campinas/SP, Membro da Comissão de Religiosos de Matrizes Africanas de Campinas e Região- CRMA
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A incapacidade da ONU de ajudar o Haiti mostra o verdadeiro papel das tropas da Minustah

Haiti, país que até hoje paga o preço por ter sido o único das Américas no qual os escravos foram capazes de levar à cabo uma revolução vitoriosa, vive nova situação de caos. Arrasado por um terremoto ocorrido em janeiro, a situação de miséria dos haitianos foi inimaginavelmente agravada por um recente surto de cólera, que vem gerando protestos nas ruas contra as tropas da ONU, às quais os haitianos têm atribuído a origem da doença.

O Haiti precisa de uma nova revolução, dirigida por seus trabalhadores e camponeses, através da liderança de um partido revolucionário, que derrote as tropas de ocupação, exproprie a burguesia e use suas riquezas para reeguer o país, auxiliada por uma solidariedade de classe internacional que envie brigadas de voluntários médicos, engenheiros e trabalhadores em geral. Tudo coordenado e planejado por uma estrutura democrática de assembléias de trabalhadores e camponeses organizados por bairros e cidades.

Médicos alertam para 'caos total' no Haiti

Via estadão.com.br

Sáb, 20 Nov, 08h00

O horror humano no Haiti - com corpos de crianças abandonados nas ruas de Cap-Haitien, hospitais apinhados de pacientes com diarreia crônica, e cadáveres desidratados sendo transportados em carrinhos de mão - não terminará enquanto a comunidade internacional mantiver a mesma abordagem no combate à epidemia de cólera que já matou 1.186 e deixou 49.418 mil infectados em um mês.

O alerta - o mais contundente desde o início da nova crise - foi feito ontem ao Estado pelo chefe dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) no Haiti, o italiano Stefano Zannini, num tom de desabafo e frustração. A ONG diz que responde por 85% de todos os atendimentos de casos de cólera no país. "Esta é a 'república das ONGs', o mundo inteiro está aqui e como pode? Como é possível que, quatro semanas depois do início da epidemia, nós (o MSF) ainda estejamos com todo o sistema médico nas costas? Onde estão todos os outros?"

Zannini diz que nenhuma das medidas para conter a epidemia é de caráter médico. Elas dependem de lavar as mãos, ter água potável, dar um destino adequado aos cadáveres e às fezes humanas. "Ora, nada disso é caro nem depende de médicos. Onde está a ajuda internacional?", questionou. Um dos maiores problemas para conter a propagação da cólera é a falta de cuidados básicos de higiene, o que poderia ser combatido com programas relativamente simples, como a distribuição de sabão.

Estima-se que 76% dos haitianos vivam com menos de US$ 3 por dia e 50% tenham menos de US$ 1 por dia. Uma barra de sabão custa, em períodos normais, US$ 0,50 na maioria dos mercados haitianos e, para muitas famílias, lavar as mãos virou um dilema potencialmente fatal entre usar o pouco dinheiro para comprar sabão ou para comprar comida.

Na quarta-feira, o MSF havia lançado um alerta sobre o esgotamento físico e emocional de suas equipes. "A carga de trabalho é estressante. Não é fácil trabalhar com o cheiro, o barulho e a pressão de tantos doentes. Estamos trabalhando 24 horas por dia. Estamos sobrecarregados", disse Zannini.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

"Violência obriga tropas da ONU a deixar ruas no Haiti, diz comandante"

Na última quinta, o general brasileiro que comanda as tropas de ocupação da ONU precisou mandar seus soldados retornarem para os quartéis, deveido aos violentos enfrentamentos que estavam ocorrendo com a população, que atribui aos extrangeiros a causa do recente surto de cólera. Essa explosão de raiva contra as tropas é resultado de anos sofrendo com a repressão e a miséria, absurdamente agravada após o terremoto que transformou o país em terra arrada no ano passado. Confira a matéria do G1.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Movimento Hora de Lutar integra iniciativa classista

O Movimento Hora de Lutar, formado por militantes do Coletivo Lenin e independentes, está participando de uma importante iniciativa no IFCS/UFRJ: a criação de um comitê estudantil de apoio ao movimento sem-teto, o Núcleo do IFCS de Apoio às Ocupações Urbanas.

Mais uma vez tal movimento mostra o caminho e levanta a necessidade de um movimento estudantil que esteja em aliança com a luta dos trabalhadores e que extrapole os muros das universidades.

Segue o cartaz de dibulgação do lançamento de tal comitê:




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Violência após as Paradas Gays: o que isso significa?

Por P. Araújo

No final de semana passado, aconteceram as Paradas gays do Rio de Janeiro e de São Paulo. No Rio, um jovem de 19 anos foi baleado depois da parada, e diz que o tiro foi dado por militares do Forte de Copacabana. Em São Paulo, um jovem foi espancado com lâmpadas de poste (!), não por neonazistas, mas por playboys "normais" (ou seja, neonazistas sem saber!). No Paraná, no mesmo fim de semana, três travestis foram assassinadas.
No Brasil, cerca de 200 homossexuais são assassinados por ano. Só no Rio de Janeiro, houve 600 denúncias nos últimos doze meses.

Para a maioria do "movimento" homossexual (usamos a palavras movimento entre aspas porque ele é formado por ONGs que recebem verbas estatais, e não por organizações independentes), o objetivo das paradas e da legislação contra a homofobia é a visibilidade e inclusão dos homossexuais na sociedade, sem questionar a estrutura dessa mesma sociedade, que reproduz o machismo, o racismo, a homofobia e a intolerância religiosa através dos meios de comunicação, igrejas, escolas e nos locais de trabalho. Ou seja, são, para usar a expressão do escritor gay João Silvério Trevisan, "mendigos da normalidade".

Esse atos constantes de violência mostram exatamente o contrário. Mesmo que os homossexuais tenham acesso, através do mercado, a boates e outros guetos onde podem expressar a sua sexualidade (e enriquecer algum empresário), a homofobia é uma "reserva" para a classe dominante. Isso é, sempre que existe alguma crise social, os homossexuais são usados como bode expiatório para a população descarregar o seu ódio, e jogar um trabalhador contra o outro.

Atualmente, a decadência do capitalismo leva a uma volta do fundamentalismo religioso e outras formas de pensamento irracional sobre a sociedade. No Brasil, isso se reflete principalmente através do fundamentalismo católico e evangélico. Figuras como Silas Malafaia, colocando outdoors dizendo que "Deus criou o homem e a mulher", como "argumento" contra os homossexuais, ou igrejas mostrando pessoas "curadas" da homossexualidade, são uma pressão constante sobre os jovens homossexuais, que são obrigados a aceitar uma moral religiosa que ignora os conhecimentos científicos sobre a psicologia e tenta criar corpos facilmente manipuláveis, através da repressão sexual.

Enquanto isso, as ONGs, durante todo o governo do PT com a burguesia, priorizaram a pressão pela adoção do Programa Brasil sem Homofobia, um conjunto de medidas que leva a um controle do sistema de saúde pelas ONGs, e que não aponta nenhum combate contra o fundamentalismo. Mais recentemente, a iniciativa dos reformistas é criminalizar a homofobia, como se a mesma polícia que extorque travestis (quando não está envolvida em esquadrões da morte que perseguem homosssexuais, como na Baixada Fluminense) pudesse resolver algum caso de violência.


A miséria sexual nas sociedades de classes

Dentro da esquerda, as poucas correntes que fazem a discussão sobre a questão homossexual a resumem à luta por direitos iguais. Nada mais errado do que esse reformismo!

Nas sociedades primitivas, como nas tribos indígenas do Brasil, em que o trabalho é só para a subsistência, existe uma grande "promiscuidade" (para os padrões capitalistas). Quando se formam as sociedades de classes, as classes dominantes precisam obrigar o povo a trabalhar para produzir para elas. Isso é incompatível com o uso consciente dos prazeres, por isso todas essas sociedades usam alguma ideologia, geralmente de fundo religioso para pregar a abstenção sexual. Assim, os trabalhadores se tornam facilmente manipuláveis (por causa da manipulação da parte mais íntima da personalidade, a sexualidade) e podem evitar qualquer "distração" que os impeça que morrer de trabalhar pros outros.

Segundo Engels (em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado), a civilização nasce com a divisão da sociedade em classes. Portanto, o comunismo não é outra forma de civilização, e sim o fim da civilização como conhecemos.

A miséria sexual sofrida pelos trabalhadores no capitalismo (modelos obrigatórios de relações, atraso do começo das relações sexuais na adolescência, preconceito contra a homossexualidade, as "perversões" etc) deve ser usada como elemento para mostrar a superioridade do socialismo para as massas.

O comunista alemão Wilhelm Reich foi expulso do PC alemão pela sua direção stalinista em 1934, após uma longa campanha pela educação sexual da classe trabalhadora (distribuição de anticoncepcionais, luta contra o preconceito contra a masturbação e o casamento burguês etc). Para ele, a função do partido revolucionário é criar uma política sexual proletária. essa política não é a adoção de formas alternativas de sexualidade 9como se isso pudesse se desenvolver plenamente no capitalismo), de uma maneira contracultural, e sim a agitação cotidiana da miséria sexual sofrida pelo povo, mostrando como ela pode ser resolvida no socialismo.

Somente com a abolição do trabalho doméstico, as pessoas (principalmente as mulheres) vão poder se libertar da prisão que é passar o dia em casa, e isso vai liberar muito mais tempo para o prazer. O combate contra as ideologias religiosas reacionárias é indispensável para acabar com a ideia de que o sexo é "sujo" ou "pecado". E só um sistema de saúde controlado pelos trabalhadores pode permitir uma educação sexual de verdade, e medidas de contracepção e saúde, para facilitar a vida sexual das pessoas.

Isso não é uma utopia, foi o que aconteceu nos primeiros anos da revolução russa (1917-1925), antes que o isolamento e a militarização levasse o stalinismo ao poder. Ou seja, o pressuposto da revolução sexual é uma revolução social, que crie o governo direto dos trabalhadores através de assembleias.

Na luta por essa revolução, os comunistas devem agitar um programa socialista, de denuncia do fundamentalismo religioso, defesa das pessoas reprimidas por causa de sua sexualidade, e dae propaganda das descobertas científicas contra toda desculpa dos patrões e do Estado contra o livre exercício da sexualidade.
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O humorista Marcelo Adnet ridiculariza os eleitores do Serra

Por P. Araújo

Esse quadro foi exibido no Comédia MTV, no dia 10/11.

O comediante Marcelo Adnet, simpatizante do PSOL, ridiculariza os eleitores do Serra (os burgueses, não os que foram otários o suficiente para acreditar em aumento do salário mínimo para R$ 600, quando ele era de R$ 180,00 no governo FHC).

É muito representativo do clima das eleições passadas: mesmo que Dilma não fosse nenhuma alternativa real para os trabalhadores (e por isso chamamos voto nulo, até porque "o Abílio Diniz e o Eike Batista votaram nela"), o voto no Serra representava o retorno dos setores mais atrasados da classe dominante ao governo (os "amigos da Opus Dei e da Loja Maçônica" que ele fala no vídeo). Por isso, era (e é) necessário derrotar a direita nas ruas (e não no jogo de cartas marcadas das eleições).

http://www.youtube.com/watch?v=jrUVle5wdPY&feature=player_embedded
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

PROTESTO CONTRA A ONU NO HAITI!

Por P. Araújo

O motivo do protesto é meio fútil (os manifestantes acham que foram as tropas da ONU que trouxeram o vibrião da cólera para o Haiti), mas expressa a insatisfação da população com a ocupação, que não resolveu nada desde o terremoto (o país continua igual, e a maior promessa do governo brasileiro, nos últimos meses foi da "ajuda humanitária" ao povo).

Temos encontrado, no Rio de Janeiro, vários militares que foram para lá, e estão completamente desmoralizados com o caos que viram, e com a atitude das tropas (na verdade, estão lá só pra garantir estabilidade para o governo semicolonial, por isso deixam tudo "correr solto", quando não estão envolvidas diretamente com estupros, assassinatos etc.

http://br.noticias.yahoo.com/s/reuters/101116/mundo/mundo_haiti_onu_manifestantes
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domingo, 14 de novembro de 2010

Estado brasileiro reprime os homossexuais e deixa impunes os racistas!

Faça amor, não faça guerra.
Por S. Severo

A frase escolhida como título para este artigo pode nos remeter a uma outra época. Pode parecer à maioria de nós, uma frase ultrapassada gritada por nossos pais, quando ainda jovens, durante a guerra do Vietnam. Naquela ocasião os hippies foram às ruas lutar pelo direito de transar com quem quisessem e dizer que a repressão deveria ser sobre as mortes realizadas na guerra e não contra o amor livre.

Por mais que essa frase pareça necessária apenas à geração passada, infelizmente, ainda se aplica os dias de hoje. Ao que tudo indica, nossa sociedade não assimilou a experiência. A essa constatação chegaremos facilmente se analisarmos de forma crítica alguns acontecimentos recentes.

A professora de matemática Cristiane Barreira foi demitida do serviço público e presa por envolvimento sexual com uma menina de 13 anos. Enquanto isso, quase ao mesmo tempo, a estudante de Direito Mayara Petruso, eleitora de José Serra, defendeu a necessidade de se “afogar um nordestino” como um favor ao povo de São Paulo. A agressão se deveu à atribuição da vitória de Dilma ao povo do Nordeste. Atribuição completamente ignorante, pois basta ver os números para se constatar que Dilma venceria mesmo se computados apenas os votos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Seguindo o raciocínio estúpido dessa patricinha racista, muitos outros “twiteiros” sustentaram a necessidade de se exterminar não apenas os nordestinos, mas também os negros e índios. Esse bando de “patys” e “playboys” ignorantes e racistas optaram por reproduzir os valores da burguesia e conclamaram à guerra. Uma guerra pelo extermínio dos grupos discriminados.

Cristiane Barreira optou por outro caminho: fazer amor. Uma das muitas diferenças é que Cristiane está presa e demitida. Já os racistas encontram-se todos em liberdade.

Essa diferença de tratamento e tolerância revela que a sociedade, por reproduzir os podres valores da burguesia, é muito mais tolerante ao racismo e ao apregoamento do extermínio de caráter nazista do que ao ato de se fazer amor. É uma sociedade que não aprendeu os ensinamentos e lições da geração passada: faça amor, não faça guerra aos oprimidos.

Se fôssemos uma sociedade que rejeita a desigualdade, os racistas estariam todos presos, demitidos ou expulsos de suas faculdades e estágios (já que playboys e patricinhas não trabalham). Já a Cristiane estaria em liberdade. Afinal, que mal há em se namorar uma menina de 13 anos se há consenso entre ambas partes?

O Código penal brasileiro foi elaborado na década de 1940 sob influência mundial do fascismo reproduzida no Brasil através das pregações de Plínio Salgado e incorporadas, em alguns aspectos, pelo governo do Brasil. Esse código penal, além do seu caráter racista e machista, criminaliza toda e qualquer relação sexual com menores de 14 anos, independente de consentimento. Em pleno século XXI, porém temos (ou deveríamos ter) condições de compreender as profundas mudanças comportamentais ocorridas em décadas recentes. Essas mudanças fazem com que hoje uma adolescente seja capaz de dizer se consente ou não com a relação sexual. Caso a situação de Cristiane fosse analisada à luz dos novos comportamentos sexuais existentes no século XXI, e não os da época do obscurantismo, seria possível constatar que não houve ilegalidade alguma, pois tratava-se de relação consensual e prolongada no tempo.

Entretanto, muito além dessas questões, existe o problema da homofobia. A intolerância com relação ao namoro entre Cristiane e a menina de 13 anos se deve em muito ao fato de ser uma relação homoafetiva. O uso de conceitos obscurantistas se explica também por esse fato. Por isso declaramos que Cristiane é uma presa política vítima de uma opção da burguesia em não admitir a manifestação da sexualidade e, muito menos, quando essa sexualidade é homoafetiva.

Enquanto isso, em São Paulo, os playboys e patricinhas declaradamente racistas, deverão apenas responder em liberdade e, na pior das hipóteses, pegar uma pena leve de prestação de serviços à comunidade. Já Cristiane está presa e demitida. Burguesia hipócrita que tolera o racismo, mas condena o sexo consensual!

Como presa política que é, Cristiane Barreira, merece campanha internacional de libertação por parte de todos os agrupamentos políticos que se dizem revolucionários e antihomofobia.

Chamamos todas as organizações de esquerda a darem esse passo à frente e terem coragem de encampar a luta: pela imediata libertação de Cristiane Barreira e condenação dos racistas representados por Mayara Petruso.

Faça amor, não faça guerra aos oprimidos.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Declaração do Movimento Hora de Lutar

ENEM vaza novamente

Reproduzimos aqui nota do Movimento Hora de Lutar, construído por militantes do Coletivo Lenin e independentes, atualmente atuando na UFRJ.

Assim como ocorreu no ano passado, o novo ENEM vazou e já está causando muita conturbação na vida de estudantes do país inteiro que passaram os últimos meses dedicando-se duramente para ingressarem em alguma universidade. O novo sitema, alardeado pelo Governo e seus apoiadores como o "fim do vestibular" tem mostrado suas diversas falhas de segurança, alicerçadas em instituições podres do Estado dos patrões, encabeçadas por funcionários que recebem salários altíssimos e diversas regalias, vendo suas funções públicas enquanto um verdadeiro emprego privilegiado e fazendo de tudo possível para nele se manter.

Como resposta à essa verdadeira esculhambação da educação, diversos protestos começam a ser preparados em algumas capitais, como um já convocado para o Rio de Janeiro no próximo dia 12 (sexta-feira). Da mesma forma, começam a brotar novos movimentos, como no ano passado ocorreu com a NOVE (Nova Organização Voluntária Estudantil ), fundada em escolas privadas da Zona Sul do Rio, conseguindo assim alguma visibilidade que a garantiu certo crescimento durante certo tempo (um verdadeiro "5 minutos de fama").

Antes de criticarmos a velha NOVE, hoje reduzida a pouquíssimos ativitas, e novos movimentos como o MOVA-SE (Movimento dos Vestibulandos Ativistas Sem Enem - surgido a partir da iniciativa de estudantes do 3º ano do Colégio Notre Dame, localizado no bairro nobre de Ipanema), cabe aqui buscarmos entender os fatores que levaram às suas fundações, estes, completamente justificáveis, diga-se de passagem.

Em primeiro lugar, o impulso para o surgimento de NOVEs e MOVA-SEs se dá pela zona que é o ENEM, prova que tem sido incapaz de prover um exeme bem planejado e seguro, e que foi adotada pela maioria esmagadora das universidades públicas como parte do vestibular (o que só faz ampliar os problemas já existentes do ENEM e torná-lo ainda mais frágil).

Em segundo lugar, a necessidade de um "novo" movimento surge da inação da UNE e da UBES, entidades de massas dos estudantes brasileiros que, devido às suas direções burocráticas encabeçadas majoritariamente pela juventude do PCdoB, a UJS, não mobilizam os estudantes à sério desde o início do Governo Lula, pois não querem "queimar" seu principal aliado, o PT.

Tendo colocado na mesa o problema, cabe agora analisarmos as respostas a eles dados pelos estudantes que têm se mobilizado em torno da questão do ENEM.

Quanto à questão da prova, alguns defendem seu fortalecimento (ou seja, melhor segurança, organização e etc.), como a NOVE, e outros defendem sua substituição pelo "vestibular clássico", como o novo MOVA-SE, que também ganhou notoriedade nos grandes meios de comunicação, devido à facilidade de arregimentar apoiadores em redes sociais eletrônicas, como Orkut, Twitter e etc.

Aconte que nem um nem outro questiona o essencial: a existência do vestibular. O vestibular cumpre o papel de ser um enorme e apertado funil social, que garante o acesso às universidades apenas aos filhos da classe média e da burguesia, mantendo assim o status quo de uma sociedade desigual e elitista. E não é por acaso que nossos "companheiros", todos (ou a expressiva maioria), moradores da Zona Sul e estudantes de escolas privadas, não estejam preocupados com o fato da juventude negra e pobre não ter as mínimas condições de ingressarem na universidade, não levantado assim o verdadeiro problema e propondo sua devida solução: a extinção do vestibular e a ampliação da rede de universidades públicas (através tanto da estatização das privadas sobre controle de comitês formados por alunos, professores e funcionários, quanto da construção de novas públicas e o investimento maciço na manutenção das já existentes - e sucatedas). Apenas dessa forma, e garantindo-se a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil (capaz de prover alimentação, moradia e transporte de qualidade e gratuíto para os estudantes) é que poderemos ter uma universidade de fato PÚBLICA.

Já quanto à questão da UNE/UBES, defendemos que os companheiros não virem às costas aos milhões de estudantes que as têm como referência de luta e atuação e que disputem em seus fóruns a consciência deles, denunciando o papel burocrático e desmobilizador da UJS e seus aliados, que se resumem a criticar timidamente o Governo e sempre apoiar seus projetos, por piores que sejam (como o REUNI, que cria vagas sem garantir mais verbas, criando assim um "escolão do 3º grau). Fazemos esse chamado também aos companheiros que se referenciam na pequena e recente ANEL. Estes últimos, principalmente, devem tirar as devidas lições do fracasso que foi a tentativa de criação de uma nova entidade, ocorrida em 2005 com a fundação da CONLUTE (encabeçada pelo PSTU, como ocorreu com a ANEL): se vocês descordam dos projetos do governo, então não se isolem do grosso dos estudantes criando novas entidades! Ao invés disso, ocupem os fóruns de massas da UNE e da UBES e disputem a consciência daqueles iludidos com os projetos do Governo, combatam suas direções burocráticas e juntem-se a nós na luta pela volta de tais entidades à sua histórica combatividade!

Movimento Hora de Lutar (Coletivo Lenin e independentes)
Participe: horadelutarufrj@googlegroups.com
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Lenin na luta contra as opressões específicas!!!

Lenin na luta contra as opressões específicas!!!

http://www.youtube.com/watch?v=XZzOgFY45s8

Na Europa Oriental a luta era contra a opressão racista e religiosa aos trabalhadores judeus, que como diz Lenin,essa opressão era uma herança do feudalismo usada pelo capitalismo como forma de dividir a classe trabalhadora. O verdadeiro inimigo da classe trabalhadora de todos os países do mundo é a burguesia que oprime os operários e, na época os camponeses, hoje trabalhadores do campo.

Hoje essas opressões continuam, mas contra as mulheres, os negros, os nordestinos e os homossexuais. No Brasil é estratégico para a revolução socialista combater o racismo contra os trabalhadores negros e nordestinos, e também o machismo contra as mulheres trabalhadoras.
Somos contra o setorialismo, temos que discutir essas questões em fóruns unificados da classe trabalhadora, não em GTs só de negros ou mulheres ou LGBT.
Esse é o primeiro passo para o socialismo no Brasil e no mundo.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tentativa de ocupação no RJ é reprimida

Desde antes do Brasil ser escolhido para sediar a Copa e as Olimpíadas, a Prefeitura de Eduardo Paes (PMDB), em aliança com o Governador Sérgio "Caveirão" Cabral (também PMDB) vem realizando uma verdadeira limpa na cidade. São diversos "projetos", como o Porto Maravilha, a "pacificação" de favelas através da instalção de UPPs ou a Operação Choque de Ordem, todos, conforme já denunciamos em diversos artigos e panfletos, com o intuito de redistribuir a rede do tráfico de drogas na cidade para garantir a "segurança" dos turistas, bem como remover ocupações e moradias no intuito de favorecer a especulação imobiliária e diveras construtoras.

Em resposta a tudo isso, e ao absurdo déficit habitacional (se considerarmos que o número de prédios abandonados hoje é mais do que suficiente para abrigar toda a população sem-teto do país) um grupo de 50 sem-teto, auxiliado por diversos miltiantes do movimento popular, ocupou na madrugado do dia 1º, um prédio do INSS abandonado há mais de 20 anos, em um bairro próximo ao Centro do Rio de Janeiro (Santo Cristo).

A ocupação, batizada "Guerreiros Urbanos", foi logo despejada pela Polícia Federal, com o apoio de PMs de uma UPP próxima, que inclusive levaram um ocupante preso.




Nós do Coletivo Lenin somos a favor que a população pobre e trabalhadora ocupe prédios fora de uso e os utilize como moradias improvisadas, ao mesmo tempo em que defendemos um Plano de Obras Nacional capaz de garantir uma reforma urbana que acabe com o déficite habitacional. Um plano como esse deve ser conquistado através da luta dos trabalhadores e sem-teto e financiada pela taxação progressiva sobre o lucro dos empresários e banqueiros!
Pela libertação de todos aqueles que foram/são presos por lutarem por moradia! Pela auto-defesa das ocupações e favelas contra o tráfico, as milícias e a polícia racista e assassina!
Abaixo o Estado dos patrões e seus instrumentos de repressão, pela libertação através da revolução socialista!
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Repressão contra relação homossexual é aplaudida pelo Fantástico (Rede Globo)

Defender Critiane Barreiro! Contra a intervenção do Estado em relações sexuais consensuais! Libertação sexual através da revolução socialista!
Por S. Severo

Na última quarta-feira, a professora de Matemática Cristiane Barreira foi presa por envolvimento sexual com uma estudante de 13 anos. A mãe da menina falou que levou a denúncia várias vezes à escola, mas só semana passada uma atitude concreta foi tomada: a prisão da professora, que pode ter uma pena de 15 a 20 anos, por corrupção de menores e estupro presumido.

Várias questões se entrelaçam nesse caso. Como comunistas, nosso dever é explicar porque a mídia, que tolera que milhares de crianças morram nas cracolândias, fez tanto escarcéu por causa de uma relação que, segundo é admitido por todas as partes, é consensual.

Em primeiro lugar, os meios de comunicação dão tanto destaque a este caso - que só interessa às pessoas envolvidas nele - para "disciplinar" a juventude, ensinando a reprimir a sua sexualidade. E isso é feito no caso, quase sempre, de jovens da classe trabalhadora - porque a burguesia tem o o dieito de transar com quem quiser - num padrão que também se repete, por exemplo, no discurso moralista contra o funk pornográfico.

Assim, fica claro o papel da sexualidade - e de tudo o mais que não signifique trabalhar sem parar - dentro do capitalismo: ela é tolerada, e até estimulada, desde que seja dentro de relações comerciais.
Nós comunistas criticamos a mercantilização do sexo, não como os stalinistas, que querem suprimí-lo mais ainda nas suas ditaduras burocráticas (considerando a sexualidade não-heterossexual como "desvio pequeno-burguês"), e sim porque ela impede que o sexo seja liberado das restrições morais que só servem para aumentar ainda mais o controle sobre os indivíduos.

Além disso, o caso mostra a flagrante homofobia: várias meninas têm casos com professores, e isso tudo teria passado despercebido se Cristiane fosse homem. Aliás, com 13 anos, grande parte d@s adolescentes já tem vida sexual ativa, o que mostra que a hipocrisia da história toda é pelo caso ser homossexual. A homofobia, assim como o racismo e o machismo, só divide os trabalhadores, e cria condições - como nessa situação - para fortalecer o discurso dos setores conservadores que dominam a sociedade. O que é mais verdade ainda logo depois de um segundo turno eleitoral em que ambos os candidatos ficaram na mão de setores evangélicos e católicos fundamentalistas, que se preparam, a médio prazo, para lutar pelo poder.

Finalmente, o caso mostra o papel da legislação reacionária e da intervenção estatal na sexualidade. Mesmo a relação tendo sido consensual, ela é considerada estupro - mesmo que a menina esteja numa idade em que tantos jovens já têm vida sexual. Nós somos contra toda a intervenção da burguesia e de seu Estado na vida pessoal das pessoas. Defendemos a herança revolucionária da própria burguesia, na Revolução Francesa, que ela própria nega hoje em dia, em relação à liberdade individual.

Por isso, defendemos Cristiane e sua namorada contra a internvenção do Estado em suas vidas particulares, e achamos necessário que os meios de comunicação sindicais e do movimento em geral denunciem esse caso de homofobia e repressão sexual a serviço do capitalismo!

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