QUEM SOMOS NÓS

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Somos uma organização marxista revolucionária. Procuramos intervir nas lutas de classes com um programa anticapitalista, com o objetivo de criar o Partido Revolucionário dos Trabalhadores, a seção brasileira de uma nova Internacional Revolucionária. Só com um partido revolucionário, composto em sua maioria por mulheres e negros, é possível lutar pelo governo direto dos trabalhadores, como forma de abrir caminho até o socialismo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Unir os trabalhadores contra Eduardo Paes (março/2009)

Camelôs estão sendo impedidos de trabalhar. Ocupações de sem-tetos estão sendo despejadas. A Guarda Municipal tem ficado cada vez mais violenta. Por baixo dos panos, as ligações do governo com as milícias (que apoiaram a sua eleição, com Jorge Babu e outros) ficam cada vez mais fortes.

A Lapa tem ficado cada vez mais elitizada, para gerar ganhos para as empresas de turismo. Os camelôs e as travestis estão sendo expulsas da região. A cidade do Rio de Janeiro tem se tornado um inferno para os mais pobres, ao mesmo tempo em que é anunciada como “cidade maravilhosa”. Ao mesmo tempo, até os albergues para turistas estão sofrendo uma repressão total.

Tudo isso está ligado ao papo furado de “choque de ordem”. Ou seja, deixar a cidade do jeito que os turistas querem. Mesmo que para isso seja preciso atacar os trabalhadores, principalmente negros e desempregados.

E deixar os serviços públicos (que “no papel” deveriam servir para toda a população) totalmente sucateados. Na verdade, esse é o verdadeiro papel do serviço público no nosso sistema: cobrir de forma mais barata as despesas dos empresários com a saúde e a educação dos trabalhadores.

Essa estória de ordem urbana tem um objetivo claro. Numa época de depressão econômica permanente, agravada pela recente crise mundial, a massa de desempregados cresce cada vez mais. Por isso, os governos (que são controlados pelas grandes empresas e pelos partidos que representam elas) usam todos os recursos policiais para controlar essa massa que não está empregada e produzindo lucro para o patrão.

O Estado passa a se ligar com o crime organizado cada vez mais. As milícias e o tráfico são boas para a classe dominante. Servem para aterrorizar a população e canalizar uma parte da juventude para uma “saída” suicida. Isso garante melhor controle, principalmente dos negros, que são a parte mais explorada da classe trabalhadora no Brasil.

O pior é que Eduardo Paes foi eleito com o apoio da “esquerda”, incluindo o PT, a CUT e o PC do B. Ao mesmo tempo, a Frente de Esquerda (PSOL-PSTU), baseou sua campanha na defesa da “ética”, sem nenhuma postura clara a favor dos trabalhadores. Eles chegaram até mesmo a defender a colaboração com a polícia civil na CPI das Milícias!

Isso mostra que a situação em que vivemos não é um problema “eleitoral”, que possa ser resolvido “votando melhor”. O problema é o próprio sistema capitalista, onde as eleições são um jogo de cartas marcadas. Os trabalhadores não podem confiar nas instituições para mudar essa situação e garantir as suas condições de vida básicas. Só através da luta direta, com greves, ocupações, passeatas etc, podemos acabar com esse governo dos ricos.

Precisamos unir os trabalhadores, superando as divisões provocadas pelo machismo, o racismo e a discriminação religiosa. E colocando tanto os trabalhadores empregados como os desempregados num mesmo movimento, para lutar contra este governo dos ricos e este sistema em que vivemos, o capitalismo.

Temos que formar comitês de trabalhadores, que organizem as pessoas contra os ataques de Eduardo Paes e se unam aos movimentos sociais da nossa cidade. E que defendam um programa de soluções radicais para a crise, passando pela ocupação de prédios abandonados para moradia, controle das empresas falidas por seus empregados, formação de grupos de autodefesa contra o crime e o Estado, redução da jornada de trabalho para todos trabalharem, aumento geral dos salários, e outras medidas.

E apontar para a criação de uma sociedade nova, onde o governo e a propriedade não pertençam mais à meia dúzia, e sim aos trabalhadores unidos. Um governo direto dos trabalhadores, através das suas assembléias de luta, para avançar até o socialismo.

União contra os ataques sofridos pelos camelôs e sem-tetos!

Fora milícias e tráfico das comunidades!

Formar comitês de luta contra o governo de Eduardo Paes!

Frente Antifascista Carioca

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